
Com tudo isso em mente, pediu que viesse até a sua sala e fechou a porta. Calma, mas de modo firme, expos os transtornos que havia causado com seu comportamento, prejudicando o trabalho e os colegas de equipe, enfim as questões necessárias a serem resolvidas. Durante a sua fala, observou a forte tensão em seu rosto, a postura armada de seu corpo sobre a cadeira, e a sensação que tinha era a de que se pudesse, ela teria voado em seu pescoço. Seu olhar destilava mais que raiva, era um ódio quase incontido.
Apesar de perceber toda essa comunicação não verbal, conseguiu manter-se aparentemente calma, pelo menos o bastante para não alterar sua voz, sua postura e menos ainda o que havia se proposto a dizer. Claro, por dentro havia um turbilhão, justo ela que detestava conflito...
Ao terminar sua fala, tudo isso não durou mais que 5 minutos, disse que gostaria de ouvir o que ela teria a dizer de tudo aquilo.
Exatamente no instante em que a funcionária abriu a boca para falar, ouviu-se um forte estalo. Ambas se assustaram e olharam em direção ao local de onde veio o ruído.
Um vaso da planta conhecida como Comigo Ninguém Pode, cujo caule, da grossura de um diâmetro de 7 cm, partira-se inteiramente ao meio.
A funcionária diz assustada:
- Nossa, credo, que foi isso?
Ao que ela sorri e responde:
- Ainda bem que a sua raiva atingiu a planta e não a mim.
Depois dessa experiencia ela nunca mais duvidou do poder da energia. E sempre tem um vasinho de planta por perto...
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